quarta-feira, 23 de julho de 2008

Lançamento do livro: A CIÊNCIA SAGRADA DOS INCAS


Dia 13 de agosto no Catado de Idéias, lançamento de A CIÊNCIA SAGRADA DOS INCAS, com apresentação musical do grupo LATITUDE.


segunda-feira, 14 de julho de 2008

A CIÊNCIA SAGRADA DOS INCAS
Editora Madras, 189 páginas.
Autor: Ka W. Ribas

A Ciência Sagrada dos Incas apresenta o paradigma “científico” ameríndio da região da Cordilheira dos Andes. Uma concepção que não distingue ciência e religião, dando ao saber um caráter sagrado e mágico, transcendente e prático, antigo e atual, simples e profundo. Com uma abordagem transdiciplinar, a obra percorre e interconecta diversas áreas de conhecimento como antropologia, história, mitologia, arqueoastronomia, arquitetura e geometria sagrada, geobiologia e outras, oferecendo lições e exemplos sobre ecologia profunda e integral, ética ecológica, permacultura, bio-construção e espiritualidade.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Geobiologia Andina


“Eu não tenho certeza que o homem, originalmente, só tenha tido cinco sentidos. E o homem tem, talvez, dez ou quinze. Mas ele não sabe mais disso. Os homens que eu conheci, sim, sabem-no ainda.”Manuel Scorza, escritor peruano falando sobre a gente "simples" dos andes.


A visão mágico-religiosa do mundo, concebida pela tradição andina, buscava respeitar, reverenciar e interagir com as forças do céu, da terra e da natureza, como os Apus (poderes das montanhas). A arte de trabalhar as energias cosmo-telúricas, conhecida atualmente como geobiologia, é encontrada praticamente em todos os povos antigos: chineses, egípcios, hebreus, gregos, romanos, árabes, celtas; todos a conheciam e praticavam com diferentes nomes e nuances culturais. Na época dos incas, os amautas eram os artistas que buscavam o sagrado conhecimento do céu e da terra - yachay.Os amautas (os “druidas andinos”) eram ao mesmo tempo sacerdotes, astrônomos, agrônomos, arquitetos e engenheiros; tinham conhecimentos de história, filosofia, medicina, geologia e geobiologia. Eles trabalhavam sua sensibilidade e aprimoravam seus sentidos ao ponto de detectarem fissuras nas rochas das pedreiras de onde retiravam os gigantescos blocos de suas construções ou encontrarem fontes de água subterrânea em regiões desérticas.Eles buscavam utilizar esse conhecimento aplicando e potencializando determinados padrões energéticos benéficos ao desenvolvimento da vida; isso se refletia no vigor e saúde das plantações e das pessoas ao redor dos lugares de poder, as Huacas. Ainda hoje, o milho que cresce no Vale Sagrado é único pelo seu tamanho, diversidade, qualidade e sabor.O sucesso agrícola incaico, associado às reações emocionais e internas do ser humano junto às Huacas, atestam a eficácia do trabalho geobiológico realizado pelos antigos na região andina.É por isso que tanto se diz que em Machu Picchu a pessoa é envolta em uma agradável sensação de paz e reconforto. Machu Picchu e muitas outras obras do povo andino foram planejadas para interagir com as energias do céu e da terra. Muitas construções estão alinhadas com os astros, poderes do céu, e localizadas em lugares especiais da Terra, seguem padrões harmônicos, produzindo, ainda hoje, efeitos notáveis.Trata-se de um conhecimento que pode ser estudado e aplicado ainda hoje, não apenas na região da Cordilheira dos Andes e nem somente pelos antigos amautas, mas em nossas habitações e lugares de trabalho e por pessoas que aprimorem capacidades e sentidos latentes em todos os seres humanos.
Ka W Ribas